HAWTHORNE

AIDAN HAWTHORNE

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Idade: 36 anos.
Avatar: Ben Barnes. 
 Nacionalidade: Britânico (Inglês).

Você pode ouvir as cantigas de terror sussurrarem seu nome, observar os túmulos das vidas que ceifou e sentir o cheiro de carne queimada no ar, mas nada se compara à dor que causou. Até ele sabe disso; a sociedade está certa em ter pavor dele. Não há redenção para o que fez, e a metade do rosto desfigurado é parte da punição. Sua história começou em uma família aristocrática com uma longa tradição no militarismo, sendo treinado desde jovem para seguir os passos do pai e se tornar um oficial glorioso. Durante a Guerra dos Sete Anos, ganhou fama por sua brutalidade estratégica e obediência inquestionável à Coroa. Contudo, esse prestígio teve um preço: em uma de suas missões, recebeu ordens para eliminar um grupo de insurgentes e, ao fim do massacre, percebeu que suas vítimas eram mulheres e crianças, pessoas alheias à guerra. Aidan justificou suas ações pelo dever militar; entretanto, não conseguiu escapar da culpa que o consumia, sendo constantemente assombrado por pesadelos. A cada noite, os gritos dos inocentes e o campo de batalha se reconstituem em sua mente, obrigando-o a reviver tudo de novo. Ele acorda com o coração acelerado, a respiração ofegante e a sensação de que, mesmo nos momentos de descanso, jamais se afastou do tormento. Tenta ser diferente diariamente, esforçando-se para ser mais gentil, cavalheiro, caridoso, como se novas atitudes pudessem afastar sua natureza sombria. Impossível, especialmente depois do incêndio em Thornfield, que o deixou em dúvida sobre sua própria autoria. Seu cérebro o leva a desenvolver uma mania de perseguição, e é a irmã quem o apoia, embora, às vezes, seja o rosto de uma figura apaixonante de cabelos castanhos que surge em seus pensamentos, moldada para salvá-lo, Honoria Armstrong-Jones.

ABIGAIL HAWTHORNE

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Idade: 22 anos.
Avatar: Devrim Lingnau.
Nacionalidade: Britânica (Inglesa).

Um passarinho criado em uma gaiola não conhece a imensidão do mundo além das grades douradas. Sua realidade é moldada pelo que enxerga através delas. Esse é o exemplo trágico da vida de Abigail. Ela tinha apenas doze anos quando a grande Thornfield ardeu em chamas, levando sua amiga e deixando cicatrizes que jamais sumiriam. Sua pele foi marcada pelo fogo, do pescoço aos pés, enquanto seu irmão mais velho, embora tenha sobrevivido, ficou com parte do rosto desfigurado. Desde então, os dois se isolaram — não por escolha dela, é bom lembrar. Aidan a proibiu de sair, convencido de que alguém os perseguia e que a sociedade a julgaria, mesmo sob tantas camadas de pano que escondiam suas queimaduras. E todos os dias, Abby morria um pouco mais. Sentia-se entediada, sufocada e amargurada. Não fazia questão de disfarçar seu mau humor e seu olhar julgador, nem os poucos empregados da mansão a suportavam. Diziam que era indelicada e grosseira. Agora, fraca? Nunca. Havia nela uma altivez feroz. Sua obediência ao primogênito não vinha da submissão, mas de um senso inabalável de lealdade e respeito. Abigail Hawthorne não amava em metades, não confiava com facilidade, mas, uma vez que se entregava a uma pessoa, era para sempre. Se precisasse mentir, ocultar, ferir ou sofrer, não hesitaria. Afinal, algumas dores eram passageiras. Trair quem amava, por outro lado, era impensável. Todavia, ventos novos surgirão para obrigá-la a voar; New Bern parece ser inimiga da calmaria e da estabilidade, com seus segredos sussurrados nas esquinas, seus sorrisos disfarçados de curiosidade e uma tensão no ar que ameaça romper a rotina.